É bastante comum as pessoas acharem que estão com gastrite quando se queixam de “queimação” no estômago, principalmente após comer refeições gordurosas ou misturadas com o consumo de álcool. A gastrite nada mais é do que uma inflamação na superfície interna do estômago.
De acordo com uma matéria publicada pelo UOL VivaBem, muitas vezes a gastrite é usada de maneira precipitada para designar qualquer incômodo na parte mais alta do estômago. Logo, o correto seria chamar de má digestão ou dispepsia. É possível que pessoas que possuam algum sintoma não tenham realmente a gastrite, assim como a gastrite pode existir e não proporcionar nenhum sintoma.
A digestão ocorre da seguinte forma: os alimentos são triturados na boca, passam pelo esôfago e chegam até o estômago. Lá eles sofrem a ação do suco gástrico, formado por ácido clorídrico e pepsina. Depois de pré-digerido ele segue para o intestino, para que ocorra a absorção dos nutrientes.
“A gastrite é uma lesão inflamatória, que pode ser classificada em vários graus e tipos. Já a dispepsia - comumente chamada de má digestão - é uma alteração do funcionamento do estômago, que pode estar associada tanto ao excesso quanto à diminuição da secreção e dos movimentos gástricos" (Eduardo Berger, gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos).
Os sintomas da gastrite variam de acordo com seu grau (leve, médio, intenso), do porquê e se existem outras alterações ocorrendo simultaneamente (refluxo, problema na vesícula ou ansiedade); e podem ser: dor ou queimação na parte superior do abdômen, sensação de barriga cheia (mesmo comendo pouco), distensão abdominal e náuseas ou vômitos.
“A doença pode ser aguda ou crônica, podendo durar anos ou a vida toda. Em linhas gerais, a gastrite pode ser dividida em não erosiva (quando só há uma inflamação da mucosa) ou erosiva (quando há lesões, sangramentos ou úlceras). Pode ser classificada de acordo com a gravidade: leve, moderada, intensa ou atrófica (quando o dano é tão grande que há uma atrofia, ou seja, redução de células na mucosa)”
TIPOS DE GASTRITE
- Por bactéria: gastrites, úlceras e até câncer de estômago podem ser associados à bactéria Helicobacter pylori, um microorganismo que pode ser contraído através de água, objetos ou alimentos que foram contaminados ou tiveram contato com fezes ou saliva.
- Reativa: o uso constante de substâncias podem irritar o tecido estomacal, como medicamentos (principalmente os anti-inflamatórios), álcool, drogas, cigarro, cirurgias de redução de estômago, exposição à radiação e estresse. Há raros casos em que o próprio organismo ataca, causando inflamação na mucosa.
- Nervosa: estresse e ansiedade interferem na maneira com que nos alimentamos ou podem promover sintomas semelhantes aos da gastrite, porém são crises de dispepsia. O jejum prolongado acompanhado por grandes refeições feitas rapidamente, consumo exagerado de alimentos e de café também podem causar má digestão.
O que sempre devemos ter em mente é que não devemos nos automedicar. Muitas pessoas utilizam medicamentos para gastrite por conta própria durante consideráveis períodos de tempo e isso também pode fazer muito mal à nossa saúde. Observe seus sintomas e busque por um médico especialista.
Para ter acesso completo à matéria do UOL VivaBem clique no link abaixo!
Fonte: https://bit.ly/3dZLVPm
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